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O medo de cães é real mas tratável

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     Tanto crianças como adultos veem condicionadas as suas vidas devido ao medo excessivo a um objeto ou situação que não é realmente perigoso/a. A isto chamamos de fobia específica: uma perturbação psicológica que provoca medo e/ou ansiedade desproporcionais ao perigo real que determinada situação ou objeto fóbico representa. 

     Nestes casos, o medo e a ansiedade são irracionais e têm um grande impacto na vida e no bem-estar da pessoa, pelo que o não tratamento da fobia tende a agravar esta condição com o passar do tempo e a limitar cada vez mais a pessoa (deixa de frequentar espaços onde antecipa poder encontrar o objeto fóbico, por exemplo).

     Medos irracionais originam em nós comportamentos quer de fuga, quer de evitamento, e é justamente o evitamento da situação ou do objeto fóbico que aumenta o medo disfuncional, pois quanto mais evitamos, menos oportunidades temos de constatar que o nosso medo é pouco realista e mais espaço deixamos para a imaginação conceber cenários cada vez mais catastróficos e assustadores.

     Felizmente, sabemos hoje que a terapia cognitivo-comportamental oferece as melhores respostas com elevadas taxas de eficácia para as fobias específicas, especialmente para aquelas que implicam apenas uma situação concreta, como a fobia de cães.

 

Será que sofre de uma fobia específica?

Sinais a que deve estar atento:

  • Sente medo exagerado em relação a uma situação que representa pouco ou nenhum perigo real;
  • Sente terror ou temor incontrolável perante determinadas situações ou objetos;
  • Evita constantemente situações ou algo que teme;
  • Sente dificuldade em levar a vida normalmente por causa de um medo ilógico;
  • Sente reações físicas como suores, batimento cardíaco acelerado, dificuldade em respirar, entre outras, perante algumas situações ou objetos específicos;
  • Tem consciência de que o medo que sente é irracional e exagerado, mas mesmo assim não tem capacidade de o controlar.

 

Fobias mais comuns:

Acrofobia – medo extremo de alturas

Agorafobia – medo de espaços abertos/multidões

Aicmofobia – medo de agulhas/seringas

Cinofobia – medo de cães

Claustrofobia – medo de lugares apertados

Coulrofobia – medo de palhaços

Insectofobia – medo de insetos

Nictofobia – medo do escuro

Odontofobia – medo do dentista

 

Tratamento

     A forma mais adequada para superar uma fobia específica é através da exposição gradual à situação ou objeto fóbico, conciliada com reestruturação cognitiva. Estes procedimentos de tratamento assentam numa abordagem psicoterapêutica cognitivo-comportamental, conduzida por um psicólogo especialista, em que o técnico o ajudará a quebrar a ligação entre a situação ou objeto fóbico e o medo e ansiedade excessivos, eliminando os comportamentos de fuga e de evitamento e permitindo uma leitura mais realista e menos ameaçadora da situação temida.